O jogo de hoje à noite não é um jogo qualquer.
É, simultaneamente, o primeiro da fase de grupos da Champions e, teoricamente, o mais difícil desta primeira fase.
Hoje, a comunicação social avança com o Mariano a titular, ao lado do Hulk e do Rodriguez. A defesa e o meio campo iguais, e um ataque parecido com o da pré-época, com o Rodriguez à esquerda, em substituição do Varela, e o Hulk "ao meio", onde pouca gente gosta de o ver.
Optando por esta equipa, o Porto sai reforçado no meio campo, uma vez que o posicionamento e a raça do Mariano a defender, aliados à capacidade de sacrifíco do Rodriguez reforçam, e muito, as debilidades físicas do Meireles e do Belluschi. Para além disso, deixamos o Terry sem um adversário directo para marcar, porque o Hulk não joga fixo ao meio.
Não me desagrada de todo, mas, pessoalmente, trocava uma "pequena" coisa.
O meio campo sai, sem dúvida, reforçado, mas não deixa de ser um 4-3-3 (neste caso mais clássico do que aquele com que o Porto costuma jogar, uma vez que jogam dois extremos), e em certas situações, o Meireles e o Belluschi terão de ser os primeiros a tapar as saídas do Chelsea para o ataque...e não me parece que tenham pernas (físico, leia-se) para o futebol do Essien, do Lampard e do Ballack.
Daí resulta a pequena alteração que eu faria. Trocava o jogador "menos culto" tacticamente desta equipa (o Belluschi) por outro jogador igualmente pouco culto (o Varela).
O que se ganha com isto: a raça e a cultura táctica do Mariano centrados no meio campo, e, esporadicamente, pequenas surpresas no ataque.
Com um meio campo um pouco mais físico que o outro, no ataque sobram o Rodriguez, o Hulk e o Varela.
O primeiro encosta à esquerda, obrigando o terceiro central (Ivanovic) a abrir por completo o meio. O Hulk, supostamente a jogar no meio do ataque, vai, certamente, ser o pivot da equipa. Quando receber a bola terá de a soltar depressa nas alas (nas costas dos defesas), ou no Meireles, para tratar ele do assunto. Quando o Hulk recebe a bola, em princípio, o Terry vai cair em cima dele...
Aqui entra o Varela. A jogar sobre a direita, só tem de fazer o que melhor sabe: flectir para o meio sem a bola. Se o Meireles acertar o passe, ele cai em cima do Carvalho. Fica a dúvida se o Cole vai conseguir acompanhá-lo para o meio, ou se se vai atrasar no arranque.
Independentemente da reacção do Cole ser rápida ou lenta, é certo que vai tentar acompanhar o Varela.
Aqui volta a entrar o Mariano na equação: se ele fôr igualmente rápido a abrir na direita, ou fica só, ou com o Cole (que era bom, porque significava que o Varela já ia só com o Carvalho pela frente), mas isto não se pode repetir muito, porque o meio campo fica sem gente, e os tipos acabam por se adaptar.
Em momentos que o Porto jogue assim, é essencial que os defesas e o Fernando façam pressão alta, para apoiarem o Meireles
O que se ganha com esta troca?
Acima de tudo, tiramos um jogador que, apesar de evoluído tecnicamente, é pequeno e fraco fisicamente, e não se pode sequer comparar ao Lucho. O Belluschi não só não "pauta" o jogo, como não se adapta às diferentes fases deste.
Apesar de não ser um jogador de meio campo, o Mariano já fez essa posição bastantes vezes, e a maioria dos jogadores já jogaram neste sistema, no fim da época passada, depois do Lucho se lesionar contra o Manchester.
Por outro lado, passamos a "falta de cultura" de jogo do meio campo para o ataque, conseguindo-se minimizar as falhas no jogo de equipa.
E ainda, conseguimos abrir bem o jogo à esquerda, onde eles usam o tal terceiro central Ivanovic, e puxamos o "extremo" direito para o meio, que é algo que o Cole não gosta tanto.
Desde logo salta à vista um ponto negativo: o Hulk não joga tanto no meio como nas alas, solto...é verdade, mas se jogar o Falcao o Terry chama-lhe um figo (e deixa de andar baralhado com o facto de não ter ninguém para marcar).
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